segunda-feira, novembro 27, 2006

ALGUMAS POUCAS LINHAS DE ARTHUR

"...Pessoas comuns e superficiais podem nos oferecer, graças à matéria, livros muito importantes, uma vez que o tema só era acessível a elas. É o caso, por exemplo, das descrições de países distantes, de fenômenos naturais raros, de experimentos realizados por elas, de histórias das quais tiveram tempo e dedicação para investigar e estudar.
Em contrapartida, quando o importante é a forma, já que a matéria é acessível a todos, ou já conhecida, portanto quando apenas é o que é pensado pode dar valor ao esforço de pensar sobre esse tema, só uma mente de destaque é capaz de nos oferecer algo digno de ser lido.
...A diferença em questão, entre a matéria e a forma, mantém sua validade mesmo no que diz respeito à conversação. O que torna um homem capaz de conversar bem é a compreensão, o critério, o humor e a vivacidade que dão à conversação sua forma. Mas, logo em seguida, entra em consideração a matéria da conversa, portanto o que se pode falar com determinada pessoa, seus conhecimentos. Caso eles sejam restritos, apenas um grau extraordináriamente alto de das qualidades formais mencionadas pode dar valor à sua conversa, já que a conversaçãose dirige, no que diz respeito ao tema, às circunstâncias naturais e humanas conhecidas por todos. Acontece o contrário quando uma pessoa não tem essas qualidades formais, porém seus conhecimentos sobre um determinado tema dão à sua conversação um valor que se baseia exclusivamentena matéria, o que está em consonância com o ditado espanhol: mas sabe el necio en su casa, que el sabio en la agena [mais sábio o ignorante em sua casa do que o sábio na casa alheia]."

Arthur Schopenhauer
"A arte de escrever"

Mais uma das certezas da vida

Ou Seu Juvenal Juvêncio dá o que Mineiro quer, ou a Libertadores do ano que vem servirá apenas como mera desculpa para viajarmos pela América...

domingo, novembro 26, 2006

Beleza que se transforma em soberba, beleza que se desvirtua em luxúria, beleza que tropeça na vaidade e beleza que recende vulgaridade, não é beleza.

sexta-feira, novembro 24, 2006

TÁ CAINDO O NÍVEL NACIONAL

Não há o que discutir, neste ano tivemos um campenato fraco, sem vibração do futebol brasileiro e marcado pela instabilidade. Logo, venceu a estabilidade, méritos. Mas não houve futebol, não se mostrou futebol, não houveram adversários, nem se quer partidas. O futebol nacional está perdendo força e já pode-se dizer que não há mais a "Primeira", estamos todos na "Segundona".

quarta-feira, novembro 22, 2006

Manual artesanal impraticável

O fim último é o leitor, a quem se deve respeito, não concessão.

Certezas da vida

Uma coisa é fato: Zidane se aposentaria dois jogos antes se Mineiro estivesse em campo...
Um brinde ao cara.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Vanguarda

É só pensar que você está criando a nova literatura. O texto é esquisito? É nova literatura. Se alguém diz que os seus escritos são ridículos. Responda: Você é ultrapassado(a), é apenas nova literatura... E assim por diante.
Afinal, quem está na linha de frente tem esse direito.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Rancor

O Dunga precisa esquecer aqueles dribles desconcertantes do Gaúcho que acabaram com a sua carreira. O Dunga está em contradição com o futebol, ou o Dunga revê essa posição, ou iremos iniciar um movimento...ai,ai,ai, sai de mim, Gabeira.

terça-feira, novembro 14, 2006

Reinações, sensações e seduções

Encontrar o tom correto permite falar em Parmera, política e fodelança com a mesma cara-de-pau.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Brinquedo

Meu Deus, quase me vejo escrevendo seriamente, a respeito da estrutura das palavras, de seu poder sobre o inconsciente, em suma, só mais um chato. É que ando lendo umas paradas absolutamente desagregadoras, algumas intencionalmente, em sede de boa literatura, tipo " O Arco Íris da Gravidade". outras, pura falta de domínio da escrita, em sucessões de palavras que pouco ou nada têm a ver, tipo alegações jurídicas mal feitas e sem qualquer concatenação. Fragmentação total.

Pô, a onda é depurar a linguagem, produzir textos simples e inteligíveis, em discurso direto, de preferência. Ser legível, mesmo que ninguém leia. Apenas sujeito, verbo e predicado.
Boa semana, companheiros!

sexta-feira, novembro 10, 2006

ANTAGÔNICOS

certo-errado; direito-dever; branco-preto; gordo-magro; sinônimo-antônimo; passado-futuro; Deus-diabo; direita-esquerda; doce-amargo; mim-eu; cérebro-ignorante; céu-terra; antarctica-kaiser; frio-calor; masculino-feminino; emoção-razão; eu-ela.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Execução

No escritório central, o capitalismo se ajoelhou, clamando pelo golpe de misericórdia. Em típico caso de piedade homicida, foi prontamente libertado de todos os seus padecimentos.
Que descanse em paz.

terça-feira, novembro 07, 2006

POEMA DE PABLO NERUDA

Morre lentamente quem nao viaja
quem nao le , quem nao escuta musica ,
quem nao encontra encanto em si mesmo.
Morre lentamente quem destrui seu amor proprio; quem nao se deixa ajudar
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do habito , repetindo todos os dias os mesmos atalhos , quem nao muda a rotina , que nao se arrisca a vestir outra cor ou nao conversa com um desconhecido
Morre lentamente quem evita uma paixao e seus redemoinhos de emocoes , aquelas paixoes que resgatam o brilho dos olhos e os coracoes caidos.
Morre lentamente
quem nao muda de vida quando esta insatisfeito com seu trabalho ou amor , quem nao arrisca o seguro pelo incerto para ir atras de um sonho ou visao , quem nao se permite , ao menos uma vez na vida , fugir dos conselhos sensatos.
Viva o hoje...
Arrisque hoje..
Faca hoje...
Nao morra lentamente..
Nao esqueca de ser feliz..

segunda-feira, novembro 06, 2006

Ninguno

Não tão eufórico a ponto de parecer otimista; nem tão melancólico a ponto de soar pessimista. Não cagar regras. E ainda assim, manter fôlego para escrever constantemente. Escrever sobre tudo, escrever sobre nada, escrever.

Escrever para amigos; escrever para inimigos; escrever para ninguém ler, escrever.

É você quem manda. Provocador: provoque. Discreto: esconda. Cáustico: corroa. Só não pode esquecer que quem não escreve já saiu na frente. Ahhh, e o texto perfeito jamais será escrito.

EXAUSTIVA EXAUSTÃO

O jornalismo nacional nada mais é que uma "velha vitrola enroscada". A repetição é a pauta diária de todos os meios de difusão. Um mero assunto se torna a edição semanal, mensal, ou até, anual. Parece haver pouca coisa inteligente nesse meio, parece haver falta do que falar, falta do que mostrar - o que, estou certo, que não é o caso. O nosso noticiário é repetitivo, a ponto de ser exaustivo, e fraco, a ponto de ser insuportável. No país de pauta única, torna-se um simples fato no "caos nacional". Mais fácil seria empregarmos papagaios.