A ANO EM QUE O POVO TUPINIQUIM NÃO MERECEU A CANECA
Foi em 2006, na 18a Copa do Mundo de Futebol. Exatamente neste ano o povo tupiniquim não mereceu carregar, mais uma vez, a Jules Rimet, não mereceu entrar, isoladamente, para história mundial. Seríamos o único país a ter uma estrela de seis pontas. Simplesmente ÚNICO. Mas não quisemos isso, não fizemos nada para isso, não merecemos isso. Não fizemos a mais simples das lições de casa, não torcemos para o Brasil, não vibramos pelo Brasil, não choramos pelo Brasil, não acreditamos no Brasil. Nunca, em nenhum instante, em nenhum momento. O povo tupiniquim se orgulha de suas diversas raças, é patriota não residente e se envergonha da terra que os adotou. Não temos que nos orgulhar dos milhões de escândalos políticos, da violência e da pobreza do nosso povo, mas temos que encher o peito do nosso futebol e do nosso carnaval, até porque, isso é tudo o que somos, o “país do futebol e do carnaval”. Mas voltemos a falar, especificamente, da Copa do Mundo de Futebol de 2006, da copa em que o Brasil foi desclassificado, antecipadamente, pelos próprios brasileiros. Passamos das Oitavas, contra tudo e contra todos. Mas no início do final de semana do nosso jogo das Quartas nada começou muito bem, pelo menos para mim e para algumas pessoas mais. Uma amada pessoa desapareceu-se. Confesso, naquele final de semana, a seleção perdeu um torcedor otimista. Mas o espetáculo não pararia por isso, não daria a mínima ciência disso. E novamente a seleção do mundo enfrentaria tudo e todos. Entraria em campo na presença de “uma torcida vestida de turistas”. E isso aconteceu. Foi algo inacreditável, foi, com certeza, a pior partida de futebol que um time poderia apresentar. Foi tudo simplesmente mágico. Retiraram nosso futebol por 90 curtíssimos minutos. Coisa impressionante, coisa Divina. É, é isso, coisa Divina. Fomos castigados pelos Deuses do Futebol pelo comportamento dos tupiniquins. Não é nada normal, ver os melhores do mundo não saberem chutar uma bola. Onde se viu, perdemos de um timéco com um “touro enceradeira” e um “corredor matador com pernas de pau”. Placar ?, um misero um gol. Vaias ?, bilhões. No final, o que se viu ?, imprensa em festa, gurus em êxtase, e claro, bilhões de técnicos. Triste povo da colônia. Astros de volta, mais vaias. E por muito menos, vimos os nosso vizinhos hermanos louvando a seleção hermana, vimos "os da terra do bigode" acreditar em um brasileiro, e vimos, até, "o povo que fala alto" acreditar que a sua misera seleção poderia ser tetracampeã. Pois é, e a Fé foi tão grande, que eles realmente foram. Levaram a caneca para o seu meritório povo. No final, foi isso, perdemos a copa no futebol e eles ganham a copa no grito. Pensando bem, melhor assim, seria deprimente ter visto no domingo um pobre povo pelas ruas vestido de brasileiro.
10 de Julho de 2006
10 de Julho de 2006
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