terça-feira, julho 04, 2006

O INIMIGO MORRERÁ PELA BOCA – Parte 2

Matamos a Zebra, o futebol primata foi despachado para sua terra natal, sofrendo. Foi a mais fácil e medíocre partida até o momento. Cinco minutos, Gol. Cinco minutos e o Rei quebrou o pescoço dos zebrões, acabou a partida, o futebol hexa já estava nas quartas. Tristeza dos gurus. Pensando bem, fodam-se vocês. O balanço da rede foi a la Ronaldo, tinha a sua cara, seu jeito e assim deixou mais um, deixou a sua marca eterna no lombo dos zebrões. Marca funda, com a seguinte lição: “Iniciantes são iniciantes e só”. No mais, a partida foi só mais um simples joguinho, um rachão. Nossos hexacampeão não conseguiram impor um ritmo forte com passes certeiros e jogadas deslumbrantes, mas a chances foram criadas e aproveitadas quase que na sua totalidade, e assim o placar da partida foi feito. Voltamos a marcar no final da primeira etapa. O Imperador fechou por trás de todas as zebras e balançou novamente a tela. Matador. Acaba a primeira etapa e entusiasma até os maiores pessimistas. Pensando bem, fodam-se vocês pessimistas também. Iniciou-se a segunda etapa e as zebras já estavam mortas. Apenas corriam. Tentavam chutar, mas infelizmente não tiveram essa lição e apenas batiam os pés na coitada da bola. Triste apresentação das zebras, triste ilusão de uma seleção “dente de leite”. No transcorrer do baile tive a infeliz sorte de ouvir uma péssima reflexão de um mongol guru esportivo em seu momento máximo de análise: “- O problema da seleção de Gana é que eles não sabem marcar e não finalizam as jogadas”. Genial, estupendo comentário, único, sábio, incopiável, simplesmente uma merda. Porra, tudo isso quer dizer apenas que: “Gana não sabe nada de futebol, melhor, não sabe o que é futebol”. Convenhamos, qualquer ser de sã consciência e provido de um discernimento, nível básico, sabia disso. Gol, terceiro balançar de redes, um meio campista, Zé Roberto. Cortamos as pernas das zebras e jogamos os rostos mortais, já com hemorragias, para os leões. Fim da tragédia. Para eles restaram apenas o trocar de camisas e a feliz sorte de perderem para a seleção campeã. É, no mais, eles estavam certos, confesso que realmente sofri, e muito, com Gana. Mas, fazer o quê, futebol pra nós é coisa séria, não perdoamos.

27 de Junho de 2006