segunda-feira, julho 10, 2006

Piada política

Já escrevi aqui, há tempos, que de política só falaria se fosse pra fazer piada. Pois é, ainda não mudei de idéia. Nem poderia. Como não rir de Lula, de Lembo, de Munhoz, de Alckmin, de Heloísa Helena? Como não rir daqueles que, do alto de palanques, com seriedade, gravidade na voz e ardor de sentimentos, prometem um novo tempo?

Pior ainda, se houve época que o poder era legitimado pela investidura divina, agora os políticos inverteram o jogo- se transformaram em Deuses Nossos Senhores, com acesso preferencial aos Paraísos dos Políticos-Ilhas Jérseys e afins. Quando escorregam, vão para as CPI´s, o inferno dos políticos, onde ajoelham, choram, negam, mentem e impreterivelmente, são absolvidos.

Políticos são rudes, não sabem ouvir, quando falam, gritam. São egocêntricos, narcisistas, interesseiros, puxa-sacos, vaselinas. Não pedem, mandam. Nunca estão errados. São despreparados, mas fingem muito bem manter um controle que não possuem; e se vendem barato. Muito barato. São arrogantes, pretensiosos e mesquinhos. Todos, sem exceção. Aliás, um verdadeiro político nem sabe escrever exceção. São ignorantes e broncos. E se vestem mal. Como não rir?

Mas pior ainda é a vulgaridade, manifestada na estreiteza dos raciocínios, na incapacidade de argumentação, no português ruim, na utilização desavergonhada de ataques pessoais, na falta de sutileza, na confusão que fazem entre pessoa e função. Claro: se acham donos de seus cargos, das prefeituras, das cadeiras legislativas. Quem diz que não são?

Ridículos, acham que o povo os ama. Sórdidos, dizem amar o povo. Autoritários, não admitem posições contrárias. Limitados e dependentes, não sabem se defender. Só conhecem a censura, o processo, os tribunais. Não toleram a liberdade de expressão, pois, escravos de interesses, não são nem podem ser, livres.
Eu rio.