EXTRA, EXTRA ....
Unicamp encontra hormônio e fármacos na água de Campinas
De acordo com pesquisadores, efeitos no organismo só poderão ser avaliados em longo prazo
Análise realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) constatou a presença de diferentes compostos derivados de fármacos, hormônios sexuais e produtos industriais na água que é consumida pelos campineiros. De acordo com os pesquisadores, algumas dessas substâncias são classificadas como interferentes endócrinos: quando ingeridas em grandes quantidades ou por tempo prolongado podem interferir no funcionamento das glândulas de espécies animais, incluindo os seres humanos. "É difícil falar em risco, pois trata-se de exposição crônica. O fato é que a situação é preocupante, pois devemos usar o princípio da precaução", alertou o professor do Instituto de Química da Unicamp Wilson de Figueiredo Jardim, que orientou o trabalho.
Durante quatro anos, desde 2002, foram analisadas amostras de água coletadas em três pontos do Rio Atibaia (manancial de onde Campinas retira 95% da água que abastece a cidade) e um dos ribeirões Pinheiros e Anhumas, além de amostras de água potável em dez bairros do município, abrangendo as regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e central. Na água que chega às torneiras dos campineiros, foram encontrados dietilftalato, dibutilftalato, cafeína, bisfenol A, estradiol, etinilestradiol, progesterona e colesterol. "São substâncias que não deveriam ser encontradas na água potável. Há que se dar um desconto para os ftalatos, pois muito provavelmente são oriundos da lixiviação dos canos de PVC", declarou Jardim.
De acordo com o estudo, a cafeína apresentou uma concentração média na água potável de 3,3 micrograma por litro (µg/L). Para o colesterol, a média obtida na água potável foi de 2,4 µg/L. Outros compostos também chamaram a atenção, como a progesterona (1,5 µg/L), o estradiol (2,4 µg/L), o etinilestradiol (1,6 µg/L) e os hormônios sexuais femininos. "São concentrações muito elevadas comparadas com a Europa e América do Norte. Chegam a ser da ordem de mil vezes maior. Os níveis de alguns compostos na água potável, a cafeína, por exemplo, é similar ao que se encontra na água bruta de alguns países europeus", afirmou Jardim.
As análises das águas brutas também revelaram uma situação preocupante, de acordo com a pesquisa da Unicamp. O Ribeirão Anhumas representa o caso mais gritante de poluição, com concentrações que atingem 106 µg/L para cafeína, 301 µg/L para colesterol e 41 µg/L para coprostanol. "No caso da cafeína, por exemplo, o normal em países desenvolvidos, como a Alemanha, é de no máximo 1 µg/L", compara Jardim. No Atibaia, as amostras revelaram concentrações significativas do fármaco diclofenaco (5 µg/L) e dos hormônios estradiol (3 µg/L), etinilestradiol (1,7 µg/L) e progesterona (1,4 µg/L).
O professor da Unicamp lembra que as substâncias encontradas nas análises ainda não são controladas por uma legislação no Brasil. "A Comunidade Européia, Estados Unidos e Japão estão trabalhando neste assunto. Este é um tema recente, mesmo em países desenvolvidos", declarou.
Origem
Mas como é que essas substâncias chegam às águas? O professor da Unicamp explicou que o processo é muito simples: "Você ingere alguns destes compostos, excreta na urina e fezes. Os mesmos são lançados até os rios porque a porcentagem de esgoto tratada é pequena (chega a 35% em Campinas)".
Os fármacos detectados na água são muito utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. O diclofenaco, por exemplo, é usado no combate à febre e para o alívio de dores em geral, como antigripais e no tratamento de reumatismo. A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e pode ser encontrada em diversos produtos como os alimentícios (café, chá, erva-mate, pó de guaraná, bebidas como os refrigerantes a base de cola, condimentos etc.), tabaco, medicamentos, entre outros.
PS:
Estaria aí explicado o grau de masculinidade do povo campineiro?. Com certeza um fato a ser analisado com maior empenho, digo que valeria até uma tese.
De acordo com pesquisadores, efeitos no organismo só poderão ser avaliados em longo prazo
Análise realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) constatou a presença de diferentes compostos derivados de fármacos, hormônios sexuais e produtos industriais na água que é consumida pelos campineiros. De acordo com os pesquisadores, algumas dessas substâncias são classificadas como interferentes endócrinos: quando ingeridas em grandes quantidades ou por tempo prolongado podem interferir no funcionamento das glândulas de espécies animais, incluindo os seres humanos. "É difícil falar em risco, pois trata-se de exposição crônica. O fato é que a situação é preocupante, pois devemos usar o princípio da precaução", alertou o professor do Instituto de Química da Unicamp Wilson de Figueiredo Jardim, que orientou o trabalho.
Durante quatro anos, desde 2002, foram analisadas amostras de água coletadas em três pontos do Rio Atibaia (manancial de onde Campinas retira 95% da água que abastece a cidade) e um dos ribeirões Pinheiros e Anhumas, além de amostras de água potável em dez bairros do município, abrangendo as regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e central. Na água que chega às torneiras dos campineiros, foram encontrados dietilftalato, dibutilftalato, cafeína, bisfenol A, estradiol, etinilestradiol, progesterona e colesterol. "São substâncias que não deveriam ser encontradas na água potável. Há que se dar um desconto para os ftalatos, pois muito provavelmente são oriundos da lixiviação dos canos de PVC", declarou Jardim.
De acordo com o estudo, a cafeína apresentou uma concentração média na água potável de 3,3 micrograma por litro (µg/L). Para o colesterol, a média obtida na água potável foi de 2,4 µg/L. Outros compostos também chamaram a atenção, como a progesterona (1,5 µg/L), o estradiol (2,4 µg/L), o etinilestradiol (1,6 µg/L) e os hormônios sexuais femininos. "São concentrações muito elevadas comparadas com a Europa e América do Norte. Chegam a ser da ordem de mil vezes maior. Os níveis de alguns compostos na água potável, a cafeína, por exemplo, é similar ao que se encontra na água bruta de alguns países europeus", afirmou Jardim.
As análises das águas brutas também revelaram uma situação preocupante, de acordo com a pesquisa da Unicamp. O Ribeirão Anhumas representa o caso mais gritante de poluição, com concentrações que atingem 106 µg/L para cafeína, 301 µg/L para colesterol e 41 µg/L para coprostanol. "No caso da cafeína, por exemplo, o normal em países desenvolvidos, como a Alemanha, é de no máximo 1 µg/L", compara Jardim. No Atibaia, as amostras revelaram concentrações significativas do fármaco diclofenaco (5 µg/L) e dos hormônios estradiol (3 µg/L), etinilestradiol (1,7 µg/L) e progesterona (1,4 µg/L).
O professor da Unicamp lembra que as substâncias encontradas nas análises ainda não são controladas por uma legislação no Brasil. "A Comunidade Européia, Estados Unidos e Japão estão trabalhando neste assunto. Este é um tema recente, mesmo em países desenvolvidos", declarou.
Origem
Mas como é que essas substâncias chegam às águas? O professor da Unicamp explicou que o processo é muito simples: "Você ingere alguns destes compostos, excreta na urina e fezes. Os mesmos são lançados até os rios porque a porcentagem de esgoto tratada é pequena (chega a 35% em Campinas)".
Os fármacos detectados na água são muito utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. O diclofenaco, por exemplo, é usado no combate à febre e para o alívio de dores em geral, como antigripais e no tratamento de reumatismo. A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e pode ser encontrada em diversos produtos como os alimentícios (café, chá, erva-mate, pó de guaraná, bebidas como os refrigerantes a base de cola, condimentos etc.), tabaco, medicamentos, entre outros.
Fonte: http://www.universia.com.br/html/noticia/noticia_clipping_dehcb.html
PS:
Estaria aí explicado o grau de masculinidade do povo campineiro?. Com certeza um fato a ser analisado com maior empenho, digo que valeria até uma tese.
1 Comments:
O comentario eh melhor do que o fato. Genial.
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