quarta-feira, junho 06, 2007

Jornalista do New York Times sugere cautela no Pan do Rio

Em artigo no jornal norte-americano, Larry Rohter prevê problemas para quem for aos Jogos do Rio, em julho

RIO - O correspondente do jornal The New York Times no Brasil, Larry Rohter, publicou neste domingo um artigo em que aconselha cautela e prevê problemas a quem for ao Rio de Janeiro no mês que vem assistir aos Jogos Pan-Americanos. No artigo na versão online do NYT, intitulado At Pan Am Games, Play It Safe and Enjoy (“Nos Jogos Pan-Americanos, seja cauteloso e aproveite”, em tradução livre), destaca a dificuldade que um turista pode enfrentar com os transportes e a falta de ingressos e dá conselhos para evitar crimes.

“Não é segredo que o Rio tem muito crime e é violento, e está ficando mais”, diz Rohter. “As autoridades brasileiras procuraram amenizar as preocupações sobre segurança e a possibilidade de terrorismo durante os Jogos com a promessa de patrulhamento intenso da cidade por unidades tanto da polícia como das forças armadas.”

“Ainda assim, quando você estiver no Rio, vale a pena ser cuidadoso e seguir certas regras básicas de segurança. Não exponha jóias ou câmeras e equipamento de vídeo caros, especialmente na praia. Para aqueles que não falam português, é também aconselhável circular em grupos em vez de sozinhos, de preferência com um guia local ou tradutor.”

Disputas

Rohter ganhou fama em maio de 2004 quando, depois de ter publicado no jornal um texto em que disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria abusando do consumo de bebidas alcoólicas, teve seu visto brasileiro provisório cancelado pelas autoridades em Brasília.

No artigo deste domingo, o jornalista diz que “se locomover pela cidade também promete ser mais complicado que o normal” e cita projetos de transportes - como a ampliação do metrô - que, segundo o correspondente, “não saíram do chão, devido em grande parte a disputas envolvendo os governos municipal, estadual e federal.”

O jornalista também alerta para a possibilidade de falta de ingressos especialmente para os jogos de futebol. “Os assentos mais difíceis de obter, obviamente, são para aqueles eventos que são mais populares entre os brasileiros”, diz Rohter. “Por isso, espere ter que recorrer a um cambista e pagar um ágio polpudo para ver jogos importantes de futebol.”

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Fonte: Jornal Estadão, 06/06/07, acesso on-line